Então ela senta. Imagina. Pensa. Entra no mundo hoje jamais esteve Sai daquele que vive aprisionada Pois ela sabe que ao seu redor, as mentiras são desgovernadas. Como um trem que anda no trilho, que por ventura se vê perdido Em uma linha reta, sabendo o fim mas com medo do começo. Ah, se falar do meio, naquele brilho do sol, trazendo suor na pele Mas um sorriso meigo no rosto, pois o menino de que tanto falava Lhe trouxe um presente, mais simples do mundo, que para ela Fosse tão rico e reluzente, que até hoje guarda o seu cheiro e se arrepende De não ter se entregado e deixado levar. Hoje ela volta na sala. sai do pensamento. Não imagina. Nem pensa. Só revive a cada dia o seu passado na sua frente.