Borboleta brinca sua flor de todo ano Os enganos mudam os rumos do destino A engrenagem morde o dorso do menino O sombral do mundo corre o risco do desdém Enquanto os corpos brindam pro vazio Borboleta brinca sua asa e o tempo é bravio Nosso sentimento não precisa ser uma ilusão O senhor de tudo eu sei, não é nenhum pavio Tudo ou quase tudo pode star em que o vê No instante em que se tocam água e chão Asas se abrem A chama vital sobre o caos Os pés não caminham em vão Há voz em buscar a saída Vida que arte Nos laços dos seus ideais Os sonhos são todos eternos Entrega o tempo, o canto, a brisa o vôo Ao toque sincero do encontro das mãos Borboleta brinca sua flor, futuro tão cego Afiado do corte de um desejo que se tem Gente sobre gente, assombra gente e trai a paz Nesse vendaval de imagens nas esquinas do país Expõe-se um novo pouso à sombra de uma velha raiz