Gerson Borges

No Chão Das Coisas

Gerson Borges


No chão das coisas
Nas coisas do chão
Na terra ressequida do meu coração
Eu me distraio e vou sem perceber
Pra longe, tão longe do centro do meu ser
E dou de cara com a solidão
Nas curvas dessa falta de oração
Um desperdício, o velho vício
Remonto o início, é desde adão
Então retorno chorando de dor
Ajoelhado aos pés do senhor

Orar pedindo a transformação
Daquele que perturba a paz, a razão
É certo, é justo
É bom de se fazer
Incentivado por Deus, bastando crer
Mas outra espera, outro tipo de fé
E a bem da verdade e raro até
Ajoelhar-se, molhar a face
E sem disfarce afirmar quem é
Pedir mudanças em si pecador
Ajoelhado aos pés do senhor

Pedir mudanças em si pecador
Ajoelhado aos pés do senhor