Geraldo Pereira

Onde está a Florisbela

Geraldo Pereira


Na madrugada voltei do baile 
Na certa de encontrar a minha amada 
Achei a janela aberta e as portas 
Quero esquecer mais não posso 
Tive um pouco de remorso 
As horas já eram mortas 
Entrei e verifiquei toda a casa 
Meus ternos já eram cinza 
E meu violão era brasa 
bati na janela da janela 
Ó Dona Estela me diga, pra onde foi Florisbela? 

A vizinha respondeu: 
Quando notei a fumaça 
Bem que eu disse, ó Florisbela 
Não é coisa que se faça 
Ela contou-me chorando que lhe viu nos braços de outro alguém 
Oh meu vizinho, a razão dá-se a quem tem 
Botei fogo também