As pedras voam e elas saem de suas mãos Acertam alma, cabeça e coração Da criança inocente Passo a passo vai vencendo a estupidez TV de sangue com o jornal das 6 E a pedra? Ela volta e acerta Você não sabe o que é verdade Só conhece a metade do céu Todo dia tem calvário no Brasil 1500 e anos 2000 E o país do futuro? O presente já faliu Meu travesseiro de concreto é o que eu ganhei Meu cobertor, o viaduto onde eu andei Sei que sou invisível, improvável, imprevisto Imagino você na sua casa Protegido por muralhas de mim Você se esquece de que desde que eu nasci Não tive chances de viver sobrevivi Somos tão diferentes Enlataram e congelaram o amor Aqui só vale a mentira e o pudor Moralmente ferido, proibido, detido Se nado contra a corrente que insiste em me prender É porque sou insistente Luto para o amor prevalecer