O teu xucrismo, gaúchos peleando ideiais Batalhas sangrentas, cavalos pelos pastiçais De casco e garrura pranchemo no chão Nós dois se boliemo de rédea na mão Um centauro perde os arreios na revolução Maleva estampida garrucha quis nos rebolcar Pealou meu parceiro campeiro só pra nos matar De peão mandalete pra vida guerreira A sina perdida nos fecha a porteira Tua alma galopeou ao vento de tanto pelear Monta cavalo, peão bravo Lança, espada na mão Defendendo a tu querência Defendendo nosso chão Monta cavalo peão bravo Com lança, espada na mão Defendendo a tu querência Defendendo nosso chão Lutamos na força e na raça por libertação De tantas feridas partiu meu fiel peleador Com honras e glórias deixaste no peito uma dor Bagual das coxilhas que a morte te encilha Galopa sem rumos no céu Restou saudade e lembranças galgando a lo léu Recordo dos tempos de potro no fundão de estância Das lides campeiras, mateando a luz do luar Momentos vividos que trago comigo No peito e no meu chimarrão Gaúcho de fato com honra e muita devoção