Num rancho fincado na beira do mato Ali eu encontro a felicidade Lidando com os bichos cantando com as águas Eu afogo as mágoas e espanto saudades Nos dias de chuva falquejo canzil E algum cabeçalho de angico ou pitanga Lavagem pros porcos rastolho pros bois Quem sabe depois um banho de sanga O ronco do mate quebra o silêncio das madrugadas O "chiu" da chaleira afina o amargo aos pés do tição Então eu me encharco de amor e respeito por minha querência E a minha existência revivo no amargo do meu chimarrão Meu cusco amarelo parceiro de lida Vigia meu ancho na ronda não falha Rebentou a cerca e o gado está fora Atiço os cachorros e meto cangalha Na boca da noite um gole de pura Caniço e anzol e me vou pro lajeado Os panos pra china e a boia pros piás Garanto na inchada e no coice do arado O ronco do mate quebra o silêncio das madrugadas O "chiu" da chaleira afina o amargo aos pés do tição Então eu me encharco de amor e respeito por minha querência E a minha existência revivo no amargo do meu chimarrão