Eu soube de uma notícia Que até meu corpo estremeceu Num bar grã-fino de Ribeirão Preto Foi que esse fato aconteceu Um peão entrou num bar Bebeu uma pinga e resolveu Mostrando que era rei do gado Desacatou quem não mereceu, ai, ai, ai O peão falou bobagem O povo com medo não respondeu Ele encontrando tanta fraqueza Julgou ser grande e se convenceu Mas antes de ir embora Um Dodge Dart apareceu Em frente o bar deu uma freada Fez arrastar os quatro pneus, ai, ai, ai O chofer abriu a porta Um cidadão do carro desceu Metido dentro de um bombacho Em volta dele o povo ferveu O peão num traje mesquinho Na sua frente empalideceu Tinha contado tanta grandeza Mas nesta hora ele emudeceu, ai, ai, ai Vendo o peão fracassado Aquele homem lhe ofereceu Sente comigo aqui nesta mesa Não arrepare do traje meu Meu sobrenome é Andrade Vou explicar se não compreendeu Que até o momento aqui no Brasil O rei do gado está sendo eu, ai, ai, ai O peão envergonhado Do nome que se prevaleceu Largou a champanha em cima da mesa Pediu desculpas e não bebeu O povo deu uma vaia Para um exemplo aquilo valeu Que o verdadeiro rei do gado Pegou seu carro e a viagem rompeu, ai, ai, ai