Do barro se fez a vida Da vida se faz a arte De terra molhada abençoada nas mãos Do barro se fez a vida Da vida se faz a arte De terra molhada abençoada nas mãos Da cabocla amazônica Obra divina guerreira, herdeira da arte Da identidade e cultura milenar Marajoara e Tapajônica Ela conhece os mistérios e segredos da terra Meu santo é do barro que vem da floresta Terra, fogo, água e ar Ceramista Surui, escultoras Macuxi Paneleiras do Amazonas, do Mocambo do Arari Artesãs de artefatos e utensílios milenar Quilombolas da Amazônia, Maruanun no Amapá É puxirum no quintal, é tradição de mulher Penera a massa menina Tempera com cinza do Caraipé Um canto caboclo ecoa É na panela de barro que se faz comida boa Tempera, remexe, modela de lá Tempera, remexe, bota pra secar O vermelho é garantido do curi que vem da baixa Tempera, remexe, modela de lá Tempera, remexe, bota pra secar Formas e curvas ganham cores Nas mãos da cabocla amazônica