Luzes da noite me acompanham desde lá daquele bar A par e passo, o ressoar do meu compasso, à meia luz Claridade sonolenta de um mormaço em tom lilás Enquanto sigo no rumo daquela esquina Um sinal pisca amarelo a me avisar Que nas madrugadas (De uma lua tão franzina como essa) Tudo pode vir a acontecer E não carece mais nenhuma pressa Só caminhar e espreitar essa travessa Para entender (não é de hoje!) O que ela anda querendo me dizer E aonde quer que eu vá Que eu não me esqueça do recado recebido Baixar a minha guarda, dirimir minhas defesas Pra que eu seja, ao mesmo tempo, o bandido e a sua presa