De onde vem o meu poema? Vem duma palavra apenas Nunca veio a partir de um dilema E quando chega sei bem que ele chegou Pois fica a revoar a pedir pista de pouso Certas palavras, para mim, têm mais presença Dos tecidos, tafetá; das frutas, o tarumã Das cores, a cor grená, e tantas mais Como o aroma do jasmim Que me fala das feridas de amor E tem aquela proferida urgentemente Apresse homem de Deus! Apresse homem de Deus! E o poema alça voo Alça voo e bate asas Para vir ao meu encontro Para que seja só seu