Galego Aboiador

Onde o Gado Dormia

Galego Aboiador


Um vaqueiro Sertanejo
Deste da caatinga pura
Criado com Rapadura
Farinha de milho e queijo
Disse: Assim o meu desejo
Realizarei um dia
Com fé na Virgem Maria
Santa pura e consagrada
Fazerei minha morada
Onde meu gado dormia

Assim fez Pedro Coelho
Vaqueiro herói do gibão
Nascido lá no sertão
Sua vida é um espelho
Pediu a Deus de joelho
E alcançou o que queria
Fez a sua moradia
Onde dormia a vacada
Construiu sua morada
Onde seu gado dormia

Na fazenda logradouro
Onde fica sua área
Sertão de Acopiara
Ceará o seu tesouro
Para Pedro vale ouro
Vive cheio de alegria
Aboia faz poesia
E diz nas suas toadas
Construí minha morada
Onde meu gado dormia

Aonde foi a coxeira
As estacas e o mourão
Fiz a cozinha Oitão
Uma sala de primeira
No lugar da forrageira
Eu armo a rede macia
Onde sopra a ventania
Do clarão da madrugada
Construí minha morada
Onde meu gado dormia

Nos campos que lá pisava
O Juruá, o Bolero
Parece até um mistério
Quando nos campos pastava
Onde a Chevorlet urrava
No pé da caatinga fria
Lembro deles todo dia
Do cavalo e da vacada
Contruí minha morada
Onde meu gado dormia

Logradouro é meu reinado
Minha riqueza meu lar
No dia que eu me acabar
Lá quero ser enterrado
No estrume do gado
No curral da Vacaria
Minha última moradia
De flor e vela enfeitada
Construí minha morada
Onde meu gado dormia

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