Talvez sonhando com uma vida de verdade Ela espera a hora certa Em suas mãos palavras impublicáveis Ela sabe os seus segredos Ele espera junto a mais uma garrafa De histórias proibidas E ao conforto de nunca saber Qual delas ele vai viver Ela se sente viva agora que escolhe Quem será sacrificado Em suas mãos palavras sujas de sangue Manchados lençóis de cama Ele tem medo de assumir as consequências Suas ações, o seu passado Ele escapa junto a ela na estrada Dos seus medos enjaulados Impublicáveis palavras Perfuram o ego de vidro Numa mensagem na garrafa Boiando no lago de cristal Do seu condomínio A conflitante ficção que lhe excita Ela sabe suas palavras Dotada de todos verbos conhecidos Eles incitam seu medo Navios água abaixo são sua derrota Ela sabe sua fraqueza Ele jamais pode voltar a conhecer Ela que o deixou morrer Que o deixou morrer