ão trago filmes nem histórias do bairro não sou falso, mantenho-me fiel às memórias que eu guardo Já há muitos gajos a fazer teatro, sem esforço metem côro com discurso inventado Represento o bloco 24, Ramalde, previdência, o bairro onde fui educado Nos bons e maus momentos é a ele que estou ligado, nem tudo acontece ao acaso, é esse o fado Bons velhos tempos passei…devo tudo aos meus pais, pelo o bom passado, o bom percurso Mulher, trabalho, casa e carro…fui habituado desde cedo a lutar pelo que quero Sou filho do amor, da noite e da magia…esperei 9 meses ancioso pela vida com garra No sentido poético sou pirata, recluso do meu mundo viajante no oculto. Esses gajos na net usam o nosso nick no mirc....desiste! A difamação é algo que não resiste, Dealema prá vida, é mesmo assim Soldado com caneta d'aço, mental pesado…desabafo versos, mantenho-me elevado Serei sempre o mesmo pensador típico, muito calado sentado a olhar para o vazio Sempre o mesmo gajo pacato, o mesmo estilo…enquanto for vivo darei provas de que existo Dou tudo por tudo por um motivo, sou transparente, quem me conhece sabe disso Fusível - não tenho ídolos tenho amigos, que dão sentido à energia que eu sinto Props para todos os que sentem esta merda pelo sentimento…convosco prevaleço. Juventude mundana, electroencefalograma…vamos barricar o cenário da fama Não faço música do guetto, prá rádio ou pelo guito, caguei pra azeiteiros não curto tecno Fechar tascos de norte a sul já é um hábito, o trajecto - terceira geração do legado Em palcos ou estúdios, a rebentar voltagens sou acústico, frases como flyers distribuo Teoria do Caos, segunda vinda, viemos despedir sem justa causa o top pimba Venho acender tochas de revolta, tá na hora de abrir os olhos nem que seja à força Editoras, emissoras e lojas são filhas da puta, mas espalhamos a praga com cultura Atitude é cagar de alto tamso em cima, a ripostar com lanças em forma de rima.