Eu diria quanta sorte foi sua defunção Eu diria quanta sorte foi sua decesso Não diria que minha sorte foi toda ao chão Não daria ao meu norte o meu sucesso Ela me olha E eu quero saber o que tem nesse teu olhar Ela me olha Não posso saber porque não vi ninguém de lá voltar Sei que a muito tempo eu prometia Parar um pouco com essa minha morbidez É que o sorriso dela me irradia E ao mesmo faz eu me perder de vez Eu diria quanta sorte foi sua defunção Eu diria quanta sorte foi sua decesso Talvez eu viva de terno debaixo do chão Eu daria ao meu norte o meu recesso Não aguento todo esse amor súbito Acredito que ele será eterno Um dia certo ele me levará a óbito Nesse dia o tempo será lerdo A curiosidade não bate depois A misantropia me pergunta qual foi As perguntas que um dia a vida me fez Elas foram respondidas de uma só vez Eu diria quanta sorte foi minha defunção Eu diria quanta sorte foi minha alegria Mas perguntaria qual a sua definição Para o canto dessa tal misantropia Não me guarde dentro de um caixão Até porque sofro de claustrofobia Mas também não quero demonstrar agonia De daquela moça ter recebido um não Não diria que minha morte foi minha salvação Não queria que acabasse dentro um caixão Não pensava que ela iria me deixar Eu pensava que ela iria me querer de volta