Estando sujo mantenho-me limpo Não sendo nada eu sempre sou Possuindo pouco sou o cara mais rico E andando lento mais veloz eu vou Seguindo em círculos ando retilíneo Viajando muito eu sempre fico onde estou E sempre sério eu vou gargalhando De todos os que falam pra mim Num desalento cheio de pranto Num desespero velado, enfim Que a vida é uma grande inimiga Com quem se luta dia a dia São esses que escondem tristezas Na face vulgar da alegria Porque eu vivo pra esquecer e morrer todos os dias A memória é como um barco navegando num mar que não há Contradição é lei Vedanta Esse crepúsculo não pertence a ninguém Mas quem sente seu poder agindo no coração Olha o sol como canção tocando dentro do peito E esse sentir dá direito de posse e de comunhão Porque eu vivo pra esquecer e morrer todos os dias A memória é como uma rocha litorânea que virou areia Contradição é lei Vedanta Porque eu vivo pra esquecer e morrer todos os dias A memória é um entrevero das coisas que eu penso que sei Contradição é lei E não me peça nada mais além Um passo pro alto Vedanta