A minha coerência A minha consistência Só vai ruir o seu teto de vidro Paciência! Não tenho medo de me expor E nem de ser atingido Sou sábio, sou malandro Também sou seu inimigo Enquanto eu tô na luta Militando pelo amor Tu dissemina o ódio E é repleto de rancor Diz que é pela família Diz que é pela nação Mas torce o nariz Pra real população Eu tô cansado, tô farto! De gente igual a você A minoria do país Glorificados na TV A sua história imunda Segue há 500 anos Escravizando índio Escravizando branco Escravizando negro E a chibata vai cantando Não importa sua cor quando teu coro tá sangrando Achou que tinha sangue azul Mas a ciência te fodeu O teu sangue é tão vermelho quanto o meu O teu sangue é tão vermelho quanto o meu A força vem da maioria Isso é democracia Nesse sistema não se joga Água fora da bacia Tudo tem seu lugar Tudo tem sua posição Safado igual a você Tem vaga certa na prisão Até da fé do povo Você quer tirar proveito Distorce a religião Justificando o preconceito Que maldade, que perversidade A fé é a maior riqueza da humanidade É a favor do armamento Mas olha que engraçado Ainda discursa sobre a paz Que paradoxo bolado! Nem a natureza escapa de você Forjar licitação é seu bel-prazer Desmata, mata, queima, explode Usurpar as riquezas E acha que contigo ninguém pode, tá beleza Vejo só, eu posso com você Tô na rua todo dia Pronto pra te combater Meu exército leva flores, bandeiras e palavras Os verdadeiros guerreiros Não carregam armas É cheio de aliado nervosinho Mas quando tu vazar Todos vão falar fininho Porque quem anda com porco farelo come Gente de bem, respeita o prato que come Sua máscara já caiu faz muito tempo É poeira velha carregada pelo vento Espero que tenha muitos anos de vida Para que todos possamos ver Sua sentença ser cumprida E quando a hora chegar Vou até dar audiência Aquele telejornal, que faz lavagem cerebral Mas é por bom motivo Não se preocupa comigo Vou tá usando capacete de alumínio