Eu te olhei e me perdi, Você sorriu e eu senti, Não sei as regras, e nem o jogo, O seu silêncio é pura sedução, Olha pra mim e me diz o que você quer, Apesar do escuro esta tudo no lugar. Teus pensamentos de encontro ao vento, É tão normal. Teu corpo solto em meio ao ar, Não é real. O teu sorriso um segundo pro infinito, É o que ficou. Teu jeito simples eu não sei explicar, Talvez nem tenha explicação. Não sei as regras, mas vou jogar, Não tem juizes e quando começar? Entorpecente e irreal é o instante que ficou, Entre meu olhar e teu sorriso, essa situação. Senti teu cheiro suave, lento e intenso, Que se espalhou em meio ao vento, E destilou da tua flor nitrato de papoula, A mesma fórmula, uma adequação. Pintura a dedo, vai rabiscar, Contornar teu céu, refletir sobre o mar, O teu segredo o último que ficou, Vou usar pra cobrir o que se apagou, Você poderia me explicar, e decifrar, Como alterar a freqüência do que ficou, É necessário escutar novos ritmos nessa estação. Ainda é quinta e cedo de mais, Ninguém sabe o que você faz. Teu sorriso perfeito de mais, No teu silêncio e tanto faz, Não sei as regras do que ficou, No teu olhar a pura perdição. Seu cheiro suave, lento e intenso de mais, É puro éter e tanto faz, Teu corpo solto em meio ao ar, A perfeição simetria na abstração, Tua essência pura de mais, Ninguém sabe o que você faz, É tão perfeita e tanto faz. O seu sorriso e silêncio é o que ficou. Não sei se é cedo ou tarde de mais, Ninguém sabe o que você faz.