Franklin Mano

As Flores

Franklin Mano


Eu te olhei e me perdi,
Você sorriu e eu senti,

Não sei as regras, e nem o jogo,
O seu silêncio é pura sedução,

Olha pra mim e me diz o que você quer,
Apesar do escuro esta tudo no lugar.

Teus pensamentos de encontro ao vento,
É tão normal.

Teu corpo solto em meio ao ar,
Não é real.

O teu sorriso um segundo pro infinito,
É o que ficou.

Teu jeito simples eu não sei explicar,
Talvez nem tenha explicação.

Não sei as regras, mas vou jogar,
Não tem juizes e quando começar?

Entorpecente e irreal é o instante que ficou,
Entre meu olhar e teu sorriso, essa situação.

Senti teu cheiro suave, lento e intenso,
Que se espalhou em meio ao vento,
E destilou da tua flor nitrato de papoula,
A mesma fórmula, uma adequação.

Pintura a dedo, vai rabiscar,
Contornar teu céu, refletir sobre o mar,

O teu segredo o último que ficou,
Vou usar pra cobrir o que se apagou,

Você poderia me explicar, e decifrar,
Como alterar a freqüência do que ficou,
É necessário escutar novos ritmos nessa estação.

Ainda é quinta e cedo de mais,
Ninguém sabe o que você faz.

Teu sorriso perfeito de mais,
No teu silêncio e tanto faz,

Não sei as regras do que ficou,
No teu olhar a pura perdição.
Seu cheiro suave, lento e intenso de mais,
É puro éter e tanto faz,

Teu corpo solto em meio ao ar,
A perfeição simetria na abstração,

Tua essência pura de mais,
Ninguém sabe o que você faz,

É tão perfeita e tanto faz.

O seu sorriso e silêncio é o que ficou.
Não sei se é cedo ou tarde de mais,

Ninguém sabe o que você faz.