Tô recordando a minha vida passada Das campereadas que eu fiz no rincão Quando eu saía desmanchar fandango Passando o mango n'algum valentão Vou dar uma volta ver se, amor, lhe busco Já vai o cusco pra cuidar o Tordilho Meus inimigos, eu sei que ele morde Porque meu Lorde eu considero um filho Meus inimigos, eu sei que ele morde Porque meu Lorde eu considero um filho E quantas vezes tu cuidou o meu pingo? E eu, nos domingo', cantando em bolicho Guentava' firme esperando a hora Não ia embora só por ter capricho De madrugada, nós vinha' pra o rancho Não tinha gancho que nós não quebrasse' A trotezito, vinha na minha frente Cusco valente igual esse não nasce A trotezito, vinha na minha frente Cusco valente igual esse não nasce E, quantas vezes, tu rondou meu biombo? E eu, com o porongo, mateando com ela Foi companheiro, foi sincero e justo Mas me deu um susto arranhando a tramela Pensei comigo: É o pai da prenda Vem pra fazenda pra matar nós dois! Mas, no meu rancho, ele não faz desordem Vi que era o Lorde, eu conheci depois Mas, no meu rancho, ele não faz desordem Vi que era o Lorde, eu conheci depois Uiva pra cima, parece maluco Está caduco o pobre do meu cão Velo cansado, não enxerga mais Só o que faz é dormir no galpão São dois gaudérios que alcançaram glória E eu conto a história pra os que me perguntam Mostro pra china que mora comigo Este é um amigo que farreamos junto' Mostro pra china que mora comigo Este é um amigo que farreamos junto'