Onde estás, meu amor? Lá longe, ai, tão longe! Duas sombras iam de mãos dadas Toda a noite nas calçadas daquela rua! O luar apagou na rua deserta! Uma sombra triste, abandonada Na penumbra, amargurada, se perdeu! Deixa-me chorar perdidamente Este pranto antigo de aflição! No fim daquela rua escura Brotou o mato verde do perdão! Deixa-me que chore, recordando Mãos que me afagaram o coração! Do teu país não se retorna Nasceu o mato verde do perdão! Onde estás, meu amor? Amor tão querido! Onde estão as plumas do teu ninho Garça triste, sem carinho, abandonada? O luar, nossa luz fugiu de repente! Tenho em minhas mãos o pranto frio Dos meus dois olhos vazios, sem amor!