Francisco Alves

Inquietação

Francisco Alves


Quem se deixou escravizar
E no abismo, despencar
De um amor qualquer?
Quem no aceso da paixão
Entregou o coração
À uma mulher?

Não soube o mundo compreender
Nem a arte de viver!
Nem chegou, mesmo
De leve, a perceber!

(Aí meu Deus)
Que o mundo é sonho, fantasia
Desengano, alegria!
Sofrimento, ironia!

Nas asas brancas da ilusão
Nossa imaginação
Pelo espaço, vai, vai, vai
Sem desconfiar!
Que mais tarde cai
Para nunca mais voar