Fui bilontra, decidido Por pagodes, fui perdido Nunca houve um folgazão Mais amante do violão Já passei noites inteiras No furor das bebedeiras Muitas vezes pelo dia Prolongava-se a folia Mas por fim hoje casado Quis-me à força comportado Eu que andava tão contente Fui prender-me na corrente Deus ficando mal comigo Quis me dar este castigo Moço belo, folgazão Não suporto calcanhão Quando fala, cospe a gente Quando ri fica indecente Velha horrível, descarada Fecha a boca, desdentada Seu nariz parece um paio Fala mais que um papagaio Sua boca é uma gamela Oh meu Deus, me livre dela Hoje em fim choro sozinho Quando escuto a voz de um pinho Choro o baile e a pagodeira Mas foi tudo a minha asneira Muito bem faria ela Se esticasse hoje a canela E dormisse o sono eterno Nas caldeiras do inferno Fui bilontra, decidido Por pagodes, fui perdido Nunca houve um folgazão Mais amante do violão Já passei noites inteiras No furor da bebedeira Muitas vezes pelo dia Prolongava-se a folia