Francisco Alves

Apanhando Papel

Francisco Alves


Nem queira saber
Como a vida do homem é cruel
Se ele é fraco de idéia
Acaba apanhando papel

Mas eu tenho fé no meu orixá 
Que não há de deixar
A esse ponto chegar

Nem queira saber, nem queira saber
Como a vida do homem é cruel
Se ele é fraco de idéia
Acaba apanhando papel

Mas eu tenho fé no meu orixá 
Que não há de deixar
A esse ponto chegar

Feliz de quem não se passa pra carinho
Não tem o dissabor 
De andar pela rua falando sozinho

Meu santo é forte  é do  bom
E com ele é assim
Não dar a ousadia  
De terem  lazer
Ou zombarem de mim

Nem queira saber, nem queira saber
Como a vida do homem é cruel
Se ele é fraco de idéia
Acaba apanhando papel

Por isso é que fiz a Deus uma oração
Pra não ter por mulher 
Aquilo que se diz amor ou paixão

Desejo  gostar 
E quero elas todas louvar 
Sem meu sacrifício
Pra meu benefício
Uma vida gozar

Nem queira saber, nem queira saber
Como a vida do homem é cruel
Se ele é fraco de idéia
Acaba apanhando papel