Francisco Alves

A Dama de Vermelho

Francisco Alves


Sob a mesma solidão
Que ontem, meu coração
Viveu, sofreu, quase morreu

No inferno da recordação
No inferno de uma saudade
Da noite da felicidade
Noite que o enganou
Depois, passou

Sinto-o hoje a perguntar
Porque insisto em procurar
A dama que me fez vibrar
Pelo salão

Está dama que eu amei
Num vestido de tão viva cor
Que no fim vestiu
A minha vida de dor

Dança no ar
A ilusão que eu sentia
No teu beijo, mulher fantasia

Vai, sai, some de mim
Não me torture assim, meu amor!
Faz a lua dormir
Manda o sol despertar
Deixa meu coração descansar!