Francisco Alves

Perfidia

Francisco Alves


Sofre tua dor resignadamente
Sofre como eu sofri por ti também
Sofre, que a dor vai ensinando a gente
A amar a um dia querer bem

Amei, como ninguém te amou, querida
De ti o menor gesto adorei
Esquecido da própria vida
Perfídia mandaste em troca eu não esqueci
Das rosas, das orquídeas das violetas
Que eu dava a ti

Distraída no ambiente luxuoso
Em que sempre vivias
Tu deixaste que murchasse minhas flores
Meu buquê de fantasias

E agora
Que adoras só quem te magoa
Perdoa pelo bem que eu te quis
Perdoa e serás feliz!