Eu li na internet que a NASA Em missões espaciais, quer provar a vida fora da Terra Já desisti de encontrar provas Pois sei que tenho as minhas próprias Mas vamos ver se os aliens vão aparecer Na verdade, isso já aconteceu Em Varginha, a terra do E. T Às vezes, sinto que não sou daqui Sinto que sou de um outro mundo Eis que me bate uma vontade de voltar para o meu lugar Não sei se vim de Capella, Sirius ou algum outro quintal Das profundezas da Terra Eu gostaria de ir a Marte e Júpiter Conhecer os anéis de Saturno Quem sabe até outras galáxias Sendo eu mais veloz que a própria luz Na verdade, eu acredito, piamente, que um dia Eu vou estar na sala de estar do criador Saboreando um coffee blend gourmet Com os pés folgados sobre um sofá de cetim Mas por enquanto me contento em ser Um pau mandado da própria mulher Que me acusa de quase tudo E me aponta, a cada hora, uma coisa pra fazer Enquanto toco violão No sofá ao lado duas crianças Não largam um minuto sequer O tablet ou o celular Fico a pensar nas pessoas Que só conhecem bem o mundo digital Bem que podia surgir mesmo um E. T Que curasse a visão da humanidade Como no filme do Steven Spielberg Em que o E.T. deixa o seu recado Mas eu queria mesmo criar uma música sobre o E.T. de Varginha E que lembrasse um pouco o Raul Seixas Só que ligo a internet e ouço um cara que canta com razão Que o E.T. sou eu e sou você Isso tirou o meu chão Já que esta música ia ter um refrão parecido Mas sem problemas Pois como já gritaram em uma outra canção Esta música não foi feita para fazer sucesso Ou para participar de festival Ela tem apenas por bandeira questionar o universo Que tem bilhões e bilhões de mundos Bilhões e bilhões de galáxias Bilhões e bilhões de sóis E seria incoerente e pouco inteligente Acreditar que estamos a sós neste mundão Só porque aqui existe água E, em outro lugar, talvez não Se peixes sobrevivem submersos E tardígrados a oitenta graus Cada um na sua No universo é tal e qual E fim de prosa