Francine Rocha

Soneto De Separação

Francine Rocha


De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto 

De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente 

Fez-se do amigo próximo, distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy