Francesco Pollola

A Origem de Um Povo

Francesco Pollola


Chegou
Num navio negreiro
Do solo africano
Para o conga brasileiro

Chegou
Num navio negreiro
Do solo africano
Para o conga brasileiro

O ritmo que é festa, mas também é tradição
Que envolve e contagia essa nação
Um povo nobre que também é ancestral

Vem da umbanda, do tambor, maxixe, candomblé
Da capoeira, polca e axé
Essa mistura que é herança nacional

Vem da rua
Da farofa de dendê, na encruzilhada
De sereno, de aurora, madrugada
Faz a flor desabrochar em carnaval

A palavra que na boca do griot
Faz a ponte entre o passado e o presente
Sai da boca feito banho de abô
Faz o que andou para traz, tornar pra frente

E na frente esse desejo de viver
E na frente então está meu orixá

Permanente essa vontade de entender
Permanente essa vontade de sambar, chegou