Francesco de Bartolomeo

Olhos De Judas

Francesco de Bartolomeo


Acabou
Meus olhos de ternura não te fitam mais
Por medo, tão somente, tentam te encarar
De ouvir de tua boca o meu maior pesar
Dizendo que o amor já não se entende
Dizendo que o mesmo, antes p'ra sempre
Agora outra vez te faz voltar atrás

Apagou
Meus olhos, antes vivos, já não brilham mais
Por medo tão doente que me faz brotar
De ouvir da tua boca que morreu sem paz
O doce sentimento que não sente
Morreu o amor, tal qual se um delinquente
Sem chances de escolher o seu final

E como fuga deixo-te entre a gente
Que viu meu pranto seco na Central

Acabou
Meus olhos, neste instante, buscam por um lar
Que o medo lentamente fez despedaçar
De ouvir daquela boca que não vai mudar
E que os olhos mudos dela vão se eternizar
Mas juro que estes olhos, que hoje fazem mar
Um dia hão de a outros se fitar em paz

E como fuga deixo-te entre a gente
Que ouviu meu canto preso na Central