Traduzir a efemeridade com poesia Era tudo o que eu mais queria Ensinar que egoísmo é lama de esgoto Consomes tudo o que é vivo e o torna morto Ensinar que o medo é uma cova mental Que o aprisiona em si mesmo e banha-o em sal Ensinar que no túmulo tudo se desgraça Prepotência, orgulho, comido por traça Coroa, diamantes, realeza morta A tampa quando fecha, nada mais importa Preconceitos, avareza, títulos de nobreza Quando a terra cobre vira tudo impureza Na ampulheta do tempo o abraço é um bom passo Pois, respeito e empatia andam meio escasso Mostra que as folhas que com o vento caem São sopros de vidas que com o tempo se esvaem As lembranças e ações de um eterno momento São marcadores astrais da passagem do tempo Que resumem e definem toda uma vida Seja de dores ou amores a resposta é ouvida