Ô menina cê não me ignora Larga essa vida comigo e vem agora O menina cê não me ignora Junta suas coisas fecha a mala e vamo embora "Mas quem é ele?", Ela veio perguntando "Aquele cara distraído, lá no canto", concluiu E logo eu que não queria mais problema Me aparece esse poema Viciado em Rivotril Ela enfeitiça, como é de natureza Quando as cartas tão na mesa Abandona o navio Vem de mansinho como quem não quer mais nada Me jogou numa cilada E foi correndo atrás do trio Ô menina cê não me maltrata Me apareceu e já me deu uma gravata O menina cê não me maltrata Sinto saudades da boca dessa mulata Na quinta-feira quando o céu esta nublado Se aconchega do meu lado E leva embora a solidão E seu calor que queima como fogo ardente quando acordo de repente é só um vazio no colchão Na sexta-feira ela se perde logo cedo cabra homem é um brinquedo quando tá na sua mão Enquanto eu aqui me encontro neste estado: maltrapilho e maltratado e sem meu conhaque de alcatrão O menina cê não me ignora Larga essa vida, vem comigo e vem agora O menina cê não me ignora Junta suas coisas fecha a mala e vamo embora Ô menina cê não me maltrata Me apareceu e já me deu uma gravata O menina cê não me maltrata Sinto saudades da boca dessa mulata