Fran Fidalgo

Ô Menina

Fran Fidalgo


Ô menina cê não me ignora
Larga essa vida comigo e vem agora
O menina cê não me ignora
Junta suas coisas fecha a mala e vamo embora

"Mas quem é ele?", Ela veio perguntando
"Aquele cara distraído, lá no canto", concluiu
E logo eu que não queria mais problema
Me aparece esse poema
Viciado em Rivotril
Ela enfeitiça, como é de natureza
Quando as cartas tão na mesa
Abandona o navio
Vem de mansinho como quem não quer mais nada
Me jogou numa cilada
E foi correndo atrás do trio

Ô menina cê não me maltrata
Me apareceu e já me deu uma gravata
O menina cê não me maltrata
Sinto saudades da boca dessa mulata

Na quinta-feira quando o céu esta nublado
Se aconchega do meu lado
E leva embora a solidão
E seu calor que queima como fogo ardente quando acordo de repente é só um vazio no colchão

Na sexta-feira ela se perde logo cedo
cabra homem é um brinquedo quando tá na sua mão
Enquanto eu aqui me encontro neste estado: maltrapilho e maltratado e sem meu conhaque de alcatrão

O menina cê não me ignora
Larga essa vida, vem comigo e vem agora
O menina cê não me ignora
Junta suas coisas fecha a mala e vamo embora

Ô menina cê não me maltrata
Me apareceu e já me deu uma gravata
O menina cê não me maltrata
Sinto saudades da boca dessa mulata