Ê, ê, ê, ehô vida de vaqueiro! Ê, ê, ê, ehô é ser sempre um guerreiro! Eu fico lembrando, com dor no coração Quando a seca castigava Ou castiga meu sertão Eu levava minha boiada, pros lados do Sul Pra não ver meu gado, comido por urubus Ê, ê, ê, ehô vida de vaqueiro! Ê, ê, ê, ehô é ser sempre um guerreiro! É nessa hora, que dói no coração De qualquer vaqueiro, que vive no sertão Cuidando do gado, com muito amor Mas quando a seca vem, tudo perde o seu valor Ê, ê, ê, ehô vida de vaqueiro! Ê, ê, ê, ehô é ser sempre um guerreiro! Eu vou aboiando, mas ficando o coração Tanto tempo dedicado Dessa vida pelo gado E ver tudo ser tirado Do suor de nossas mãos