Peço desculpa pra o povo, eu não escondo segredo De um artista que eu conheço, que é metido a bicharedo Fala no disco e no rádio, derruba qualquer rochedo É cantador de ativo, mas quando o Gildo era vivo Tremia a perna de medo Fizestes letras pra o Gildo, resposta tu recebeu Criticavas tanto ele, agora tu te esqueceu Reza no disco e no rádio, depois que o homem morreu Que tamanha falsidade, tás faltando com a verdade Ele não era amigo teu E agora vens com desculpas que eras amigo do homem Fez uma letra e gravou, só pra aproveitar o nome Mas não te esqueça que um dia a tua alma se some Se acaba a vida granfina, teu orgulho se termina E a matéria a terra come E as letras que fez pra o Gildo deixa o povo revoltado Fizeste a adaga de s e o cachorro recalcado Um tal de facão três listras e até um relho trançado Jogava as pedras no homem, e agora aproveitar o nome Depois do corpo enterrado O povo todo compreende, que tamanha falsidade Nem no enterro tu foi, veja que barbaridade E hoje diz meu compadre, tô morrendo de saudade Mas a família dos Freitas mandou eu te dar receita Provando a minha amizade Enquanto o Gildo foi vivo, deixaste ele num canto Tu nunca ajudou ninguém, e o Gildo ajudou tantos E hoje perante ao povo, tás querendo bancar o santo Só tens dinheiro e cartaz, o que tu fez não se faz Juro pra o povo, eu garanto Tu és artista ricaço, tua vida é um paraíso Mas és ruim barbaridade, nada de ti eu preciso Só quero te dar um conselho, que barbado eu não aliso O Gildo foi tão fiel, e tu és cobra-cascavel Que vive batendo o guizo Adeus ô Gildo de Freitas, eu atendi teu pedido Eu sempre fui teu amigo, sincero, honesto e querido Eu só tô dando a resposta pra um tipo prevalecido Desculpe seu Formiguinha, e o resto pergunte à Carminha Viúva do falecido