Eu comprei uma fazenda No sertão do Paraná Com mil e quinhentos alqueires De matas pra derrubar Comprei-a de um sujeito Que vivia a negociar O negócio foi fechado E assim eu fui enganado Sem nada maliciar O malandro era bom de conversa E logo me iludiu Por isso nem desconfiei Que fosse um sujeito vadio Conhecido na região Por José do terreno frio Eu caí numa cilada Comprando terra grilada Que ele nunca possuiu Fui com os meus camaradas Pra fazenda trabalhar Achei cinquenta famílias Morando naquele lugar Cada uma trinta alqueires Faça a conta quanto dá Fui a favor da razão Aquele pedaço de chão Eu tive que abandonar Este caso eu vou resolver Custe o que me custar O que se faz aqui na terra Na terra se deve pagar Assim diz o mandamento Que ninguém deve roubar Ele está na minha lista Vou pegar o vigarista E pra cadeia vou levar