Pra que me serve a espora E a bota sanfonada Pra que me serve a guaiaca E a faca prateada Pra que me serve a bombacha O meu lenço e o gibão Pra que serve o berrante Sem boiadas no estradão Pra que serve minha capa E o chapéu de aba quebrada Pra que serve o meu laço E a sela reforçada Pra que serve os baixeiros Já não durmo mais no chão Pra que serve o cargueiro Sem boiadas no estradão Pra que me serve a esperança O passado já não volta Pra que me serve a saudade De uma esperança morta Pra que me serve o Campeiro Cachorro de estimação Pra me serve o Baio Sem boiadas no estradão Toco triste meu berrante Pra matar minha saudade Boiadeiro sem boiadas Não sente felicidade Hoje o transporte de gado É feito de caminhão Não se vê mais boiadeiros Nem boiadas no estradão O peão de boiadeiro Transformou-se em tradição