Flor da Serra e Santiago

Filão de Ouro

Flor da Serra e Santiago


Depois que cantei o Paraná do Norte
Ouvi muita gente queixar-se da sorte
Porque sua terra não entrou nos versos
Daquela modinha que foi muito forte

Eu peço desculpa, não foi por maldade
Que deixei de fora algumas cidades
Pois o Paraná é uma enormidade
E não é num disco que ele todo cabe

Em Ribeirão Claro eu passei dois dias
Tocando e cantando na casa do Elias
Junto do Fabiane e do Zacarias
Que me dispensaram grandes regalias

Cantei em Rolândia que dizem que é
Desta região rainha do café
Santa Mariana tenho muita fé
Que aí voltarei se Deus quiser

Na outra campeira eu deixei pra trás
Jandaia do Sul, Venceslau Braz
Deixei Centenário, terra dos meus pais
Em Siqueira Campos, terra de cartaz

Pinhal, Santa Amélia e Abatiá
Congonhas, Carlópolis e Quatiguá
Porto São José, cidade Andirá
Lá em Arvorada eu fui pernoitá

Fui a Bela Vista do Paraíso
Fui a São Martins, cidade sorriso
De Porecatu dizer é preciso
Tem coisas que fazem perder o juízo

Fui a Sertanópolis e Jataí
De Jaguapitã fui pra Uraí
Em Ibiporã e lá em Assaí
O povo no circo eu diverti

Santa Margarida, terra que gostei
Astorga e Marialva também repassei
Foi em Joaquim Távora que namorei
A curitibana com quem me casei

O paranaense, povo gentil
Vive numa terra de riquezas mil
Podem se orgulhar de hoje possuir
O filão de ouro do nosso Brasil