Patrão nas invernadas celestiais Dai-me as onze braças do teu amor Para que eu possa laçar a imensa dor Que correm com bravuras de baguais Fazei-me um tropeiro das paixões Que vagam, sem rumo concebido O guia do irmão que está perdido Nas escuras noites das ingratidões Dai-me o maneador da compreensão Para que eu possa manear as desavenças E o chicote da fé, para afastar a doença E a vibração de amor no coração Permita que eu carregue nos meus tentos A mochila da esperança salvadora E o manto azul de nossa senhora Que alivia a todos os tormentos Deixa-me entrar no curral do teu aparte Como cordeiro do teu rebanho santo Dai-me o poder de enxugar o pranto Evocando o teu nome em toda parte Patrão velho, lá de riba, ouve A súplica fiel deste vaqueano Que vive gambeteando os desenganos Com a alma voltada para ti Permita, ó bondoso patrão-velho Que eu siga as pegadas de Jesus Carregando com coragem a minha cruz E firmando a fé no teu evangelho E se alguém, como eu, seguir deseja A tropeada na estrada espiritual Dai-me, patrão, a bandeira fraternal Para o bem da humanidade, que assim seja