Uma velhinha muito triste e cansada Todo domingo gritava uma prisão Ia ver o seu filho prisioneiro Considerado um perigoso ladrão Levava sempre uma bíblia sagrada Lia pra ele as palavras do senhor Na esperança de mostrar que a bondade É o caminho que traz a paz e o amor Diziam sempre que o crime não compensa Só é feliz quem tem um bom coração E que a gente deve saber com quem anda Má companhia leva a gente a perdição Ele escutava aquilo tudo calmamente No ombro dela começava a chorar E entre o pranto que cai nos seus olhos Ele jurava que jamais ia errar Quando voltava para casa ela rezava E perguntava oh, meu Deus que foi que fiz Para criar um filho com tanto amor Só pra depois ele me fazer infeliz E assim o tempo foi passando lentamente Dias seguidos de pura infelicidade Até que um dia deu seu primeiro sorriso Ao ver seu filho receber a liberdade Mas ao se ver livre das garras da lei Velhos amigos ele então foi visitar E esqueceu as palavras da mãezinha E novamente ele voltou a roubar Quis o destino que num golpe fracassado Numa prisão mais uma vez foi parar A sua mãe ao saber ficou doente Tanto desgosto não podia aguentar Chegou o domingo e na hora da visita Ansioso ele ficou a esperar Nisto chegou o delegado e lhe disse Escute bem o que eu vou lhe falar Infelizmente de agora em diante Você não vai mais ter a visita que tinha Pois você hoje praticou seu maior roubo Você roubou a vida da sua mãezinha