Conheço um velho ditado dos tempos dos ancestrais Que só um é muito pouco, dois é bom, três é demais Não gosto de repartir a minha mulher amada Que fazer eu sou assim, comigo é tudo ou nada Comigo não, dividir não dá prazer Quando eu gosto é de verdade E quando eu amo é pra valer! No amor sou ganancioso, pode falar quem quiser Não gosto e não admito repartir uma mulher Só bolo de aniversário que eu aceito um pouquinho No amor sou olho grande, prefiro comer sozinho Nada contra os que repartem sei que gosto tem pra tudo Eu não faço sociedade, sou careta e tabacudo Mulher não é objeto que se encontra num leilão Nem pia de água benta que todos botam a mão Meu avo sempre dizia quem reparte o que tem Pode crês e ter certeza que a pedir logo vem Por isso eu nunca empresto, não alugo, não reparto Só divido meu amor com as paredes do quarto