Sou latino De bigode, óculos escuros e chapéu Panamá Dançador de ratimbum e chá-chá-chá Meu cabelo É seboso de tanta gomalina Terno branco e um lencinho verde com petit-pois Na lapela Uma rosa bem vermelha pra enfeitar No pescoço, correntinha e um palito na boca pra completar Seu vagabundo, diz todo mundo Latino é porco, imundo Eu chego até a acreditar Meu sapato Salto sete, bico fino e bicolor Engraxado Todos os dias na sinuca do Agenor Meus comprades Companheiros pra qualquer ocasião Dente de ouro, pra mastigar com a mais fina distinção Na capanga, pente fino e os retrato das mulher Japonesa, negra preta, branca ou a que tiver Eu sou carente Ninguém me entende Preciso delas pra poder me sustentar Eu sou latino É assim que eu vivo Só quero ver quem não irá me invejar