O vento vem de longe não se acanha Não tem medo de soprar E de moinho eu te peço Não assuste meu lugar Mas traga a brisa, enxugue o pranto E quem curte mais sofreu Leve pra longe a tristeza Meu respeito é todo teu A água vem dos mares invisíveis Sem ter pressa de chegar Senhora que a tudo assiste A servir sem reclamar Mata de vez a nossa sede Lava toda a solidão A chuva tua melodia Despejai em minhas mãos O fogo onde vai tudo transforma Renovando o mesmo chão E a cinza que parece morta Reacende em novo grão Na terra que a tudo acolhe Por divina decisão