Já não mais é o mesmo O cavalo que encilho Ele foi dos meus arreios Hoje é meu conhecido Um baio pata branca Tem por nome pé no estribo Nascido no caraúno E domado em são Chico Foi crioulo lá fazenda Tratado á capricho Esperto por natureza E trote por istinto Bem campeiro numa cancha Era só prende-lhe o grito Espora só pra enfeite E também pro meu capricho Quanta saudade Que hoje eu tenho Quando em rodeio Nós era os primeiro Quanta lembrança Do velho mate amargo Dos amigos que eu fiz E do trote do meu cavalo O tempo se passou No calendário da minha vida Tenho prazer em ser gaúcho E ter nascido nesta coxilha Sempre capataz de fazenda Nunca passei a ser patrão Más com orgulho muito grande Em ter nascido neste chão O que tenho por herança É o que levo na memória Colegas também amigos E meu cavalo pra deixar história Hoje já de cabelos brancos Surrado pela lida Só tenho em agradecer a Deus Por ter me dado está vida