Há sempre em ti aquela lenta chama A luz do que se ama E não esquece São coisas da poesia São coisas da alegria que apetece Há sempre em ti aquela luz que chama O quente que se ama E enlouquece São coisas da alegria O calor da poesia que apetece Sempre em ti a festa e o riso Sempre em ti as cores do dia Sempre em ti o que é preciso Sempre as coisas da poesia A tua vida é como um ciclorama Em volta duma cama Que acontece São coisas da alegria Enquanto o outro dia amanhece Há sempre em ti o gesto sem programa Sem lamento e sem drama Todo o dia Tu és o que se ama Na viva e lenta chama Da poesia.