Quero ir aos museus aos velhos meus Á pintura à memória até deus Quero ir aos museus à eternidade Tocar nos quadros na história na vontade Quero ir aos museus pelos passos meus Ao antigo ao moderno até ao céu Contemporâneo extemporâneo amadeu O extravagante de amarante não morreu Quero ir às catacumbas deste tempo Ir com vocês para pensar o tal momento Da vingança da mudança da justiça Que julgará a indiferença e a preguiça Quero ir aos museus e de repente Ver saltar tudo das paredes como gente As imagens as colagens e as cores Do amadeu do meu país dos desamores Vamos lá todos ao museu ouvir a cor Tocar o cheiro ler a tinta ser amor Talvez assim um amadeu ressuscitado Nos pinte um século mais presente que o passado Quero ir à exposição à extradição Pedir desculpa ao amadeu e porque não ? Dizer-lhe que hoje o que na escola mais se ensina É como não consumir droga nem propina Está na hora , amadeu . mas antes de ir E como sei que eras danado para rir Quando voltar vou trazer-te uma moldura Com o retrato do país e da cultura...