Creio. Sou um crente do que vejo Do não ter e do desejo De não crer no que não há. Creio. Sou um crente do que quero Para os outros e só espero Vê-los ter o que haverá. Espero que o homem e a mulher Crendo em tudo o que se quer Creiam em tudo o que queriam. Espero que ao contrário do que digam Nem sequer se contradigam Este querer com outro crer. Creio. Sou um crente no futuro Requerente do seguro Aos humanos por criar. Creio. Que a verdade só nos foge Se a esquecermos ainda hoje: - crer é querer acreditar. Digo na palavra silenciosa Os espinhos duma rosa Na memória de nós-cristo. Sigo, Pela via da alegria Que se queria onde se cria - logo sou, mas já existo.