O perfume o silêncio assombra os ninhos Emudecem e temos sonhadores A humildade das ervas nos caminhos E uma inocência de anjo entre as flores Mas há na tarde morna ignotos vinhos Secretos filtros, perfidos vapores amavios, feitiços e carinhos Moles, quebrados e perturbadores E de repente o incêndio dos sentidos As mãos frias tateando na ansiedade As bocas que se buscam num queixume O corpo, o sangue o espírito perdido A febre, o beijo e a cumplicidade da sombra do silêncio do perfume