A sombra vai caindo lentamente Caindo, amortalhando devagar A hóstia ensanguentada do poente Ouve-se ao longe as fontes soluçar A brisa murmura docemente Há preces de novena sobre o ar A natureza às vezes também sente Há tardes em que o céu sabe chorar As velas assustadas pela serra Pararam de moer fitando-a terra Passa um enterro, é nova vai tão cedo Falam magoas nos olhos de quem passa Anda no ar o vento de desgraça Amor me dê as mãos e esqueça o medo