O que fará quem já não sou? Se, ao te ver, o que é deixou de ser Eu, que me prometi Nas nuvens, nunca mais Em tuas asas, como não trair o chão? Trago as marcas da dor de outra vez Que teu sorriso apaga! A cicatriz mais feroz se desfez Como o fogo na água! O que será que há de ser? A queda livre no abandono, escuridão? Ou fiz por merecer A lua das manhãs Passada a fria madrugada dos ateus? Que eu me perdoe seguir esse Deus