A terra no leito sagrado da vida Carrega o fruto da nobre esperança De outra colheita com fértil fartura E assim perdura na rica bonança Eu sou um matuto que Deus enfeitou Com simplicidade a nobre ilusão Por isso digo que a felicidade Com certeza cabe na palma da mão O sertão me prende na lavra e na lida A poesia da terra, aflora do chão Eu deito meu sono num sonho caipira E a vida me inspira a ser caboclão O verde amanhece no meu horizonte Em meio aos raios de um sol dourado Meu sertão desperta pra nobre magia Que a luz do dia traz como legado Aqui não preciso desse mundo louco Que sei existe na grande cidade Agradeço a Deus por ser um matuto Assim desfruto da simplicidade O sertão me prende, na lavra e na lida